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Médicos não sabem como extrair agulhas inseridas na cabeça de bebê em ritual de religião afro

Um ritual religioso com uma criança de apenas três meses de idade vem causando grande repercussão e comoção nas redes sociais. A menina teve agulhas de metal inseridas em sua cabeça e no abdômen, com o consentimento dos pais.

Os médicos que atendem a criança na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Rondonópolis (MT) não sabem como extrair os objetos sem causar mais danos, de acordo com informações do G1.

Até agora, quatro pessoas foram presas acusadas de maus-tratos: Iraci Queiroz dos Santos, 42 anos, conhecida como “Baiana”, seria a responsável pelo ritual; Débora Queiroz dos Santos e Ricardo César dos Santos, filha e genro da “Baiana”, que teriam participado do ato; a mãe do bebê, que está grávida de oito meses, foi encaminhada ao Complexo do Pomeri, em Cuiabá; e pai da criança, Wellinton de Jesus Costa, 28 anos, também está preso, por suspeita de aceitar R$ 250 para ceder a filha para o ritual.

A denúncia da prática de rituais religiosos com a criança foi feita ao Conselho Tutelar da cidade de Jaciara, quando a equipe médica do Hospital Municipal notou que havia algo errado.

Os médicos notaram que havia hematomas no couro cabeludo e, como ela chorava bastante, foram feitos exames mais detalhados. Semanas antes, a mesma criança já tinha sido levada ao mesmo hospital com cortes nos pés.

Segundo o boletim médico divulgado na última segunda-feira, 19 de dezembro, a criança foi submetida a uma cirurgia para drenagem e tentativa de remoção das agulhas, porém o procedimento foi interrompido pelo risco de hemorragia e lesão cerebral.

Mesmo na UTI, a menina respira sem ajuda de aparelhos e está sendo alimentada normalmente, com constante observação da equipe médica. Até a conclusão das investigações, a criança ficará sob a guarda do Conselho Tutelar.

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