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Livro do Profeta Ezequiel

Autor – O autor, cujo nome significa “Deus fortalece”. É identificado como “EzequIel, filho de Buzi, o sacerdote” (1:3). Embora essa identificação tenha sido questionada, parece não haver razão válida para se duvidar disso. Ele era, provavelmente, um membro da família sacerdotal dos zadoqueus, que se tornaram importantes durante as reformas de Josias (621 a.C.). Ele foi treinado para o sacerdócio durante o reinado de Joaquim, foi deportado para a Babilônia (1:1; 33:21; 40:1) em 597 a.C. e estabeleceu-se em Tel–Abibe, situada no canal do rio Quebar, perto de Nipur (1:1). Seu ministério coincidiu brevemente ao de Jeremias.

Data – O chamado de Ezequiel veio a ele em 593 a.C., o quinto ano do reinado de Joaquim. A última data dada por oráculo (29:17) é, provavelmente, 571 a.C., fazendo de seu ministério cerca de vinte anos de duração. A morte de sua esposa ocorreu ao mesmo tempo da destruição de Jerusalém, em 587 a.C. (24:1,15-17). Exilado por ocasião do segundo cerco de Jerusalém, por volta de sua iminente e completa destruição, incluído a partida da presença de Deus. Partes foram também, aparentemente escritas após a destruição de Jerusalém.

Conteúdo – A personalidade de Ezequiel reflete uma força mística. A proximidade de seu contato com o Espírito, suas visões e a freqüência com a qual a palavra do Senhor vinha até ele fornece uma conexão entre os profetas extáticos mais antigos e os profetas e escritores clássicos. Suas experiências espirituais também anteciparam a atividade do Espírito Santo no Novo Testamento. A ele adequadamente pertence o título de “carismático”. A mensagem de Ezequiel foi endereçada ao resto dos pervertidos de Judá exilados na Babilônia. A responsabilidade moral do indivíduo é um tema de primeira importância em sua mensagem. A responsabilidade coletiva não mais resguarda o indivíduo. Cada um deve aceitar uma responsabilidade pessoal pela desgraça da nação. Cada um é responsável pelo seu pecado individual (18.24). Foi o peso do pecado acumulado de cada indivíduo que contribui para o rompimento do concerto de Deus com Israel, e cada qual leva uma porção da culpa pelo julgamento que resultou no exílio.

. O livro está facilmente dividido em três seções: o julgamento de Judá (4-24), o julgamento das nações pagãs (25-32) e as futuras bênçãos pelo concerto de Deus com o povo (33-48).

. Dois temas teológicos agem como um equilíbrio no pensamento do profeta. Na doutrina do homem em Ezequiel, ele colocou a ênfase no dever pessoal (18:4: “a alma que pecar, essa morrerá”). Por outro lado, ele enfatizou a graça divina no renascimento da nação. O arrependimento do remanescente fiel entre os exilados resultaria na recriação de Israel a partir dos ossos secos (37:11-14).

Esboço de Ezequiel

  1. O início da visão e chamada de Ezequiel (1.1-3.21)
  2. Profecias e visões sobre a destruição de Jerusalém (3.22-24.27)

III. Oráculos da ruína contra nações estrangeiras (25.1-32.32)

  1. Profecias de restauração (33.1-48.35)