Autor – Naum, cujo nome significa “confortador” ou “cheio de conforto”, é desconhecido, a não ser pelo breve título que inicia sua profecia. Sua identificação como um “elcosita” não ajuda muito, visto que a localização de Elcose é incerta. Ele profetizou a Judá durante os reinados de Manassés, Amom e Josias. Seus contemporâneos foram Sofonias, Habacuque e Jeremias.
Data (612 a.C.)
Em NaUM 3:8-10, o profeta narra o destino da cidade egípcia de Tebes, que foi destruída em 663 a.C. A queda de Nínive, ao redor da qual todo o livro gira, aconteceu em 612 a.C. A profecia de Naum deve ser datada entre esses dois acontecimento, visto que ele olha para trás para um e à frente para outro. É mais provável que sua mensagem tenha sido entregue pouco antes da destruição de Nínive, talvez quando os inimigos da Assíria estavam colocando suas forças em ordem de batalha para o ataque final.
Contexto Histórico – O reino dos assírios havia sido uma nação próspera durante séculos, quando o profeta Naum entrou em cena. Seu território mudou-se com o passar dos anos por causa das conquistas e derrotas dos seus governantes. Localiza-se ao norte da Babilônia, entre e além dos rios Tigre e Eufrates. Documentos antigos atestam a crueldade dos assírios contra outras nações. Os reis assírios vangloriam-se de sua brutalidade, celebrando o abuso e a tortura que eles impuseram sobre os povos conquistados.
A queda do império Assírio, cujo clímax foi a destruição da cidade de Nínive, em 612 a.C, é o assunto da profecia de Naum. O juízo que cai sobre o grande opressor do mundo é o único motivo para o pronunciamento de Naum. Conseqüentemente, o profeta é judicial em seu estilo, incorporando antigos “oráculos de julgamento”.
Conteúdo – Três seções principais, correspondentes aos três capítulos, abrangem a profecia:
. A primeira – descreve o grande poder de Deus e como aquele poder opera na forma de proteção pra o justo, mas de julgamento para o ímpio. Embora Deus nunca seja rápido em julgar, sua paciência não pode ser admitida sempre. Toda a Terra está sob o seu controle; e, quando ele aparece em poder, até mesmo a natureza treme diante dele (1:1-8).
. A segunda – descreve a ida da destruição para Nínive (2:1-3). Tentativas de defender a cidade contra seus atacantes foram em vão, porque o Senhor já havia decretado a queda de Nínive e a ascensão de Judá (2:1-7).
. A terceira – é a seção final do livro. O julgamento de Deus parece excessivamente cruel, mas ele é justificado em sua condenação. Nínive era uma “cidade ensangüentada” (3:1), uma cidade culpada por espalhar o sangue inocente de outras pessoas. Ele era uma cidade conhecida pela mentira, falsidade rapina e devassidão (3:1,4). Tal vício era uma ofensa a Deus; portanto, seu veredicto de julgamento foi inevitável (3:2-3, 5-7).