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Árvore extinta em Israel é revivida a partir de uma semente com 2 mil anos de idade

As pesquisas de arqueólogos em Israel vêm resultando em muitas descobertas que enriquecem a história milenar do país, e recentemente foi revelada mais uma conquista desse trabalho: uma árvore extinta foi revivida graças a sementes encontradas em escavações.

As sementes com mais de dois mil anos encontradas por arqueólogos em Masada foram usadas para recuperar uma espécie de tamareira da Judeia que havia sido extinta.

O sítio arqueológico em Masada era uma escavação em uma antiga fortificação israelense, na região sul do território. Lá os pesquisadores encontraram as sementes do fruto, que chegou a ser considerado um símbolo do país.

A iniciativa de germinar as sementes antigas encontradas partiu da Dra. Elaine Solowey, botânica do Instituto Arava de Estudos Ambientais do Kibutz Ketura, em Israel. Porém, deu trabalho para convencer os arqueólogos.

 “Eles disseram: ‘Você está louca?’”, contou a botânica à BBC News. Depois de negociar com os pesquisadores, os cientistas conseguiram reviver a tamareira extinta, que ao brotar, foi apelidada de Matusalém, referência ao avô de Noé, considerado o homem que mais viveu dentre as figuras bíblicas.

Além da árvore Matusalém, os botânicos puderam cultivar mais seis árvores, incluindo duas árvores fêmeas, que chamaram de Ana e Jonas.

Com a polinização cruzada das espécies assegurada, a variedade de tâmaras Matusalém renasce mais uma vez: “Gostaríamos de ter plantações de tâmaras da Judeia. Gostaríamos de trazê-las de volta ao cultivo e distribuí-las ao mundo”, disse Elaine Solowey.

A ideia da botânica se justifica pela história da tâmara e sua importância para Israel, já que o fruto era abundante, tornando-o icônico do país e conhecido pelo sabor e propriedades medicinais.

Quando o Império Romano conquistou a Judeia em 68 a.C., os romanos não tinham nenhum elogio sobre os judeus, exceto sobre as tâmaras da região, o que os levaram a colocar a tamareira da Judeia em suas moedas.

Mudanças climáticas ocorridas séculos atrás prejudicaram o plantio das árvores. A revista Smithsonian estima que a variedade de tamareiras teria sido eliminada por volta de 500 d.C., segundo informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).

Pesquisas indicam que, após o ano 1000 d.C, o crescimento das árvores foi prejudicado pelo clima mais frio e úmido da região, além de obter menos água das nascentes. As tamareiras se tornaram tão raras que cientistas e pesquisadores dos anos 1.500 acreditavam que a região jamais teria a mesma abundância de tâmaras dos tempos antigos.