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Epístola de Paulo aos Filipenses

A Cidade de Filipos: Filipos era a capital da província romana chamada Macedônia, localizada em território que hoje pertence à Grécia. Seu nome significa “pertencente a Filipe”. A cidade foi fundada por Filipe, pai de Alexandre Magno, em 358 a.C. Era importante devido à sua localização junto à principal estrada que cortava a Macedônia no sentido leste-oeste, servindo de caminho entre a Ásia e Roma. Além disso, a cidade possuía minas de ouro e prata.

A Igreja em Filipos: Foi a 1a igreja cristã na Europa. Foi fundada por Paulo durante a segunda viagem missionária – Atos 16:11-40. Ali chegando, o apóstolo foi bem recebido juntamente com Silas. Os primeiros convertidos foram Lídia, vendedora de púrpura, e uma jovem que adivinhava, da qual foi expulso um espírito imundo. Sendo liberta, cessaram os seus prognósticos. Diante disso, cessou também o lucro dos seus senhores, os quais se enfureceram contra Paulo e Silas, incitando contra eles as autoridades locais.

A Situação de Paulo: Ao escrever a epístola aos filipenses, Paulo se encontrava preso, correndo risco de vida, distante de muitos irmãos e amigos e em dificuldade financeira. Na carta, ele fala da morte várias vezes: 1:20; 2:8; 2:27; 2:30; 3:10. Entretanto, a mesma epístola enfatiza a alegria, a gratidão (1:3; 4:6), e ainda admoesta contra a murmuração (2:14).

Autor: Paulo (e Timóteo)                            Portador: Epafrodito

Data: 60 ou 61.                                           Local: prisão em Roma.

Principais temas:

> Comentário: os Santos Filipenses Paulo usa a palavra “santos” para se referir aos filipenses (1:1).  “Santo” significa “separado”, “consagrado”. Todo cristão é santo, ou pelo menos deveria ser. Todo servo do Senhor é separado do mundo e separado para Deus. 

> Perdas e Ganhos: O evangelho envolve perdas e ganhos (3:7-8). Isso não combina com certas pregações de prosperidade. Paulo estava preso, privado de muitas coisas, mas certo do seu ganho espiritual. Será que Paulo pensava em um evangelho que lhe proporcionaria riqueza material, uma grande casa, um lindo carro, o seu próprio negócio, etc? De modo nenhum. Ele assumia as tribulações e os sofrimentos como fatores naturais no caminho do cristão e que tudo isso até contribuiria para o avanço do reino de Deus. (1:12). Ele destacou ainda, de modo comemorativo, que sua prisão tinha se tornado oportunidade para evangelizar os soldados romanos (1:13).

> Os Inimigos da Cruz: (Filipenses 3:18-21). Cruz é renúncia, é entrega, é perda, é humilhação, é morte (Lucas 9.23-24). Se não estivermos dispostos a perder nada pelo evangelho e ainda quisermos fazer dele uma ferramenta para o enriquecimento material, estaremos desvirtuando sua essência e negando a cruz.

> Deuses Estranhos: Paulo disse que “andam entre nós” muitas pessoas “cujo deus é o ventre.” Entre nós significa dentro da igreja. São pessoas que não estão servindo ao verdadeiro Deus, mas estão procurando apenas seu próprio interesse. Eram como aquela multidão que acompanhava Jesus apenas por causa dos pães e dos peixes que ele multiplicava (João 6.26).

> Alegria X Ansiedade: Ao escrever aos filipenses sobre a alegria, Paulo estava consciente de que a ansiedade poderia ser um empecilho nesse caminho (4:4-7). Talvez deixemos de usufruir em plenitude da alegria do Senhor (Neemias 8.10), porque estamos ansiosos.

Unidade e Humildade (1:27; 2.2) – Os filipenses haviam mandado uma ajuda financeira para o apóstolo (4:16-18). Ele se regozijou muito pela comunhão que os irmãos tiveram com ele naquele momento difícil. É na dificuldade que a comunhão e a unidade se tornam mais necessárias e importantes. “Na angústia nasce o irmão” (Provérbios 17:17). É nessa hora que se descobre o verdadeiro amigo. Os falsos desaparecem.