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Livro do Profeta Malaquias

Autor – Embora alguns atribuam Malaquias a um escritor anônimo, considerado por alguns ter sido Esdras, usando o pseudônimo Mal’aki (“Meu mensageiro”), é melhor considerar o livro como escrito pelo próprio profeta. Malaquias não é mencionado em mais nenhum lugar na Bíblia, mas, de seus escritos, podemos aprender que ele teve um grande amor pelo povo de Judá e pelas cerimônias do templo. Ele foi, provavelmente, um contemporâneo de Neemias.

Data – A falta de menção de qualquer rei ou de incidentes históricos identificáveis torna a datação um tanto difícil. O uso de várias palavras persas no texto e a referência a um templo reconstruído (1:10) tornam a data pós-exílica simultânea com Neemias mais provável ( cerca de 450 a.C.).

Contexto Histórico – Como já foi mencionado, Malaquias é o último de muitos homens divinamente inspirados que, num período de uns mil anos, predisseram a vinda do Justo. Não somente eles profetizaram acerca da vinda do Messias, mas também explicaram detalhadamente ao povo seus pecados e os advertiram a respeito do justo julgamento de Deus.

Conteúdo – Na sua declaração de abertura, Malaquias salienta o amor imutável de Deus por seu povo, devido à sua misericórdia, que dura para sempre. Este é o fundo paras as reprovações e exortações que se seguem. Primeiro, o profeta salientam o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e sua influência negativa sobre o povo. O profeta mostra que eles provocam muita queda no pecado. Portanto, ele os adverte de que o Senhor não será um espectador inativo, mas, a não ser que eles se arrependam, serão castigados severamente.

Depois, ele salienta, em termos não ambíguos, a traição dos sacerdotes leigos no divórcio de esposas fiéis e casamento de mulheres pagãs que praticam adoração de ídolos. Isso é seguido por uma súplica fervorosa para vigiarem suas paixões e serem fieis às esposas da sua mocidade, dadas a eles pelo Senhor. O profeta, além disso, censura as práticas não-religiosas do povo, sua recusa da justiça de Deus e sua defraudação ao Senhor, por reterem os dízimos e as ofertas exigidas. Numa linguagem fervorosa e brilhante, Malaquias continua a descrever o tipo original do sacerdócio. Ele profetiza sobre o Sol da Justiça, sobre o Mensageiro do concerto e o grande e terrível dia do julgamento divino, no qual o justo será galardoado, e o ímpio, castigado. Finalmente, ele exorta o povo a observar as Leis dadas a Israel através de Moisés e promete a vinda do Messias e do seu precursor, Elias (João Batista). Essa declaração conclui o AT e o liga à boas-novas da provisão de Deus no Sol da Justiça descrita no NT.

Esboço de Malaquias

I) O amor do Senhor por Israel (1:2-5)

II) O fracasso dos sacerdotes (1:6-2:9)

III) A infidelidade do povo (2:10-16)

IV) O dia do Julgamento (2:17-3:5)

V) Bênção no dar (3:6-12)

VI) O destino do ímpio e do Justo (3:13-4:3)

VII) Exortação e Promessa (4:4-6).