Um assembleiano do interior de Minas Gerais, tinha um jumentinho muito veloz, por ele criado desde o nascimento. Em tempos de crise, resolveu vender o coitado do jumentinho para um irmão da igreja.
– Óia, ermão, é esse o jumentinho Artílio que io vô vendê procê. Mas presta atenção, ele é crente e cê tem qui dizê Graças a Deus prele andá e Aleluia pra modi dele pará.
O irmão, satisfeito com sua nova aquisição, se apressou em decorar os comandos do jumentinho Artílio.
No domingo, após a compra do jumentinho Artílio, o irmão planejou chegar na igreja de jumentinho novo para causar uma boa impressão.
– Anda…vai… qual era o comando mesmo?… Ah! sim!
E estufando o peito bradou:
– Graças a Deus!
Artílio, o jumentinho crente, não obstante, começou veloz cavalgada, e cada vez mais rápido, deixou o irmão um pouco preocupado, tanto que reparou a ribanceira à frente já bem perto dela. Desesperado, tentava se lembrar da palavra que deveria fazer o jumentinho parar.
– Misericórdia! Não, não… Glória a Deus! Também não…(no desespero tentou até arriscar umas línguas estranhas)
Chegando bem próximo da ribanceira se ouviu:
– Aleluia!!!!!
De imediato o jumentinho Artílio parou! O irmão recuperando-se do susto e secando o suor do rosto, olhou pros céus e agradeceu: Graças à Deus!
Artílio prosseguiu ribanceira abaixo…